domingo, 4 de março de 2012

As crianças de hoje são mais fracas?



Puxe pela memória. Quais eram as suas brincadeiras preferidas na infância? Empinar a pipa, subir na árvore, pular amarelinha, carrinho de rolimã...

Agora pense em que seu filho gosta de fazer para se divertir. Jogar videogame, navegar na internet e assistir televisão fazem parte da lista dele? Segundo um novo estudo conduzido pelo pesquisador esportivo Gavin Sandercock, da Universidade de Essex, na Inglaterra, as crianças de hoje são mais fracas do que há dez anos. E a resposta para essa perda de força muscular, segundo a pesquisa, está justamente nessa mudança de hábitos na infância.

Gavin descobriu que as crianças com 10 anos em 2008 estavam muito mais fracas do que as crianças que tinham essa mesma idade em 1998. “Eles se recusavam a fazer exercícios, muitas, aliás, nem sabia como começar”, diz Sandercock.

A pesquisa mostra ainda que, em dez anos, a quantidade de crianças que conseguiam fazer abdominais diminui 27% e dobrou o número dos que não se sustentavam o próprio peso em uma barra.

“Houve uma mudança no repertório das habilidades físicas das crianças", diz o professor Luiz Eduardo Greco, assessor na área de educação física da escola Projeto Vida, em São Paulo. "Elas deixaram de brincar na rua e subir em árvore para navegar na internet e jogar videogame, ou seja, perderam espaço para brincar, mudaram o repertório e, claro, tiveram a capacidade física diminuída”, completa.

E passar a fase mais ativa da vida sentado em frente a um computador por horas só pode trazer problemas. Segundo a pesquisa, por não ter uma musculatura desenvolvida, essas crianças quando adultas podem desenvolver osteoporose, um enfraquecimento dos ossos que aumenta o risco de fraturas.

Mas, o que fazer para tirar essa garotada do sofá? Para Luiz, a primeira coisa é o incentivo. Ajude seu filho a encontrar uma atividade física que ele goste e, claro, brinquem ao ar livre sempre que possível. “Para brincar, criança precisa de espaço e companhia. Energia, elas já têm de sobra", diz.



FONTE: http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI242041-15156,00.html